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Meias de compressão para corrida melhoram o desempenho?

Foto do escritor: Juliana PugginaJuliana Puggina

Atualizado: 18 de abr. de 2020


Meias elásticas de compressão para corrida: funciona ou não?

As meias elásticas de compressão são prescritas a muitos anos pelos cirurgiões vasculares para o tratamento das doenças do sistema venoso e linfático.  Nos últimos anos, virou moda o uso dessas meias para a prática de esportes, em especial a corrida. Será que vale a pena usar estas meias?? Vamos analisar o que a ciência diz sobre este assunto!


A promessa dos fabricantes e adeptos do esporte é que a meia é capaz de melhorar o desempenho e a recuperação muscular. Mas de que forma a meia elástica seria capaz de melhorar a performance na corrida?


Vários estudos científicos demostraram efeitos positivos da compressão dos membros inferiores, como melhora no retorno do sangue venoso ao coração, na oxigenação dos tecidos e na oscilação muscular, que se refletem na fadiga muscular. Porém , esses estudos foram realizados em pessoas doentes, portadoras de insuficiência venosa.


A hipótese de melhora no desempenho esportivo é fundamentada na idéia de que a meia potencializa a ação da bomba muscular da panturilha (falei disso no artigo "Por que eu tenho varizes?'), aumentando o retorno do sangue ao coração. Na teoria, isso aumenta a retirada das substâncias produzidas pelas células musculares durante o exercício, como o ácido lático (ou lactato), as quais são responsáveis pelas dores e fadiga muscular .



O primeiro estudo sobre o tema foi realizado em 1987 por pesquisadores americanos (saiba mais). Testaram 20 homens fisicamente ativos, que realizaram exercícios em uma bicicleta ergométrica com e sem a meia de compressão. Foi dosado o nível de lactato durante o exercício e nos minutos de descanso subseqüentes. Foi encontrada uma melhor eliminação do lactato no grupo que usou as meias elásticas durante o exercício e no período de descanso, indicando que a recuperação muscular pós exercício é melhor no grupo que usou meias.


De lá pra cá, vários pesquisadores tentaram provar que esses achados poderiam se refletir em uma melhor performance dos atletas, diminuindo tempos e melhorando marcas. Porém, a maioria desses estudos não encontrou dados que confirmassem essa hipótese.

As meias de compressão esportivas podem melhorar a recuperação muscular pós exercício

Um grupo de cientistas alemães publicaram em 2009 um estudo em que 21 corredores amadores foram submetidos a uma corrida em esteira, com medição de tempo, volume de oxigênio consumido, velocidade alcançada e dosagem de lactato (saiba mais aqui). Eles viram que os atletas que usaram a meia agüentaram correr mais tempo e tiveram uma média de velocidade maior durante as fases aeróbia e anaeróbia do exercício. Não houve diferença no consumo de oxigênio pelos dois grupos (este é o principal marcador de melhora de performance para atletas, quanto maior é o consumo de oxigênio, melhor a performance).

Em 2003, um outro estudo encontrou que as meias são capazes de diminuir o impacto que o exercício físico causa nas fibras musculares. Essa diminuição do impacto também provavelmente diminui a perda de células musculares e favorece a recuperação pós exercício. (saiba mais)


Como vocês viram, ainda não temos certeza do benefício dessas meias na melhora da performance do atleta, mas temos boas evidências de que a recuperação pós exercício é facilitada. Também não há nenhum estudo que mostra malefício no uso dessas meias.

Sendo assim, se você gosta de praticar atividades esportivas, vale a pena utilizar as meias elásticas de compressão. Na pior das hipóteses ela funcionará apenas como uma meia comum.


Mas, não vale achar que a meia vai te transformar num atleta profissional! Ela é apenas um coadjuvante! O que vai dar resultado de verdade é ter seriedade e disciplina para treinar!


Falei mais sobre este tema nessa entrevista que dei para o canal BemStar do Márcio Atalla. Assista o vídeo clicando abaixo!


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Sobre a autora

Dra. Juliana Puggina é médica cirurgiã vascular e escreve artigos informativos no blog 'Pernas pra que te quero'. Formada em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com residência médica em Cirurgia Vascular pela Universidade de São Paulo (USP). Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do American College of Phlebology. Atende em São Paulo/SP.


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Dra. Juliana Puggina

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